terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Rihanna pode ter show vetado na Malásia por ser "sexy demais"

O conservador Partido Islâmico da Malásia (PAS) exigiu hoje ao Governo que proíba que a cantora americana Rihanna faça show no país, alegando que a artista é "sexy demais".

O PAS também denunciou que a arrecadação do evento permitirá que dinheiro do país vá para as mãos dos organizadores dos Estados Unidos, nação que apóia a intervenção militar de Israel na Faixa de Gaza .

"Rihanna saiba ou não, os impostos que paga também contribuem para financiar a guerra em Gaza", disse Mohammed Kamaruzaman, dirigente desse partido conservador da Malásia, país de maioria muçulmana moderada.

Kamaruzaman disse que o show é um "insulto" aos valores tradicionais asiáticos, porque a cantora sempre se veste e dança de forma excessivamente sensual e provocativa.

Os organizadores do evento comunicaram que Rihanna aceitou cumprir as estritas normas exigidas no país para espetáculos ao vivo.

Segundo as normas, artistas devem cobrir seus corpos do peito até o joelho e não podem pular, abraçar uns aos outros ou jogar beijos ou objetos ao público.

Em outros casos envolvendo artistas americanas, Gwen Stefani teve que acatar as regras e usar um vestido mais conservador que o habitual, enquanto Beyoncé se negou a isso e suspendeu seu show previsto para Kuala Lumpur.

Nas regiões da Malásia onde o PAS governa, as mulheres muçulmanas são proibidas de pintar os lábios ou de usar sapatos com saltos durante o trabalho. Fora do escritório, devem cobrir o pescoço e a cabeça com lenços ou cachecóis.